Os guarda-corpos de uma das pontes do bairro Caturrita, na Rua Ijuí, caíram há três anos. Os moradores reclamam da falta de segurança, pois o local é caminho de muitas crianças, já que a Escola Municipal de Educação Infantil Zahie Bered Farret está localizada na Rua Santa Bárbara, paralela com a via da ponte.
– Essa via não tem outra passagem, os moradores daqui precisam necessariamente passar pela ponte para poderem acessar a escola ou ir para outros lugares – relata a presidente das Associações Comunitárias das Vilas Bela União, Jordânia e Portão Branco, Alice Terezinha Costa da Costa.
Conforme os moradores, os guarda-corpos caíram com as chuvas de 2014. A presidente da associação comenta que já levou vários ofícios e documentação na Prefeitura, a época, governo Schirmer, e que nada ainda foi feito.
– O que os moradores mais reclamam é que os políticos vêm aqui, prometem, tiram fotos, dizem que algo será feito, mas faz 3 anos que a ponte está assim. O receio é que alguém caia, ou que alguma tragédia maior aconteça. Uma criança já caiu aqui, mas pelo menos, não se machucou muito – desabafa ela.
A rua que não vê ônibus há dois anos
Até 2002 a ponte era uma pinguela de madeira. Mas devido a um forte temporal, ela caiu e foi arrastada pela força da água. A passagem foi arrumada. Outra reclamação dos moradores é quanto à tubulação.
– Eles colocaram canos que não dão vazão, e quando chove, a água sobe muito rápido. Nas últimas chuvas do mês de junho, eu precisei tirar meu cavalo por dentro de casa. Já perdi móveis e muitos animais – conta Ademir Lima Alves, 52 anos.
Ele mora há 19 anos na Rua Ijuí e tem a casa ao lado da ponte. Nas madrugadas chuvosas ele e a esposa quase não dormem. Ficam atentos, esperando a água subir para retirar os animais e levantar os móveis.
Os moradores já realizaram um protesto há 2 anos para chamar atenção ao problema da inundação e de a ponte estar sem guarda-corpo para proteção de mais de 200 famílias que moram no local.
>> O que diz a prefeitura
Em nota, enviada pela assessoria de imprensa do Executivo, o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Paulo Roberto de Almeida Rosa, informa que está sendo feita uma vistoria técnica no local, para avaliar a viabilidade de colocação de guarda-corpo na ponte da Rua Ijuí, no Bairro Caturrita. Assim, conforme as condições, o serviço será realizado, mas não há prazo. Desde o início da nova gestão, algumas pontes da zona urbana e da zona rural do município já foram recuperadas. As manutenções, recuperações e instalações de guarda-corpos foram feitas em diferentes pontos, como por exemplo, nas vilas São João Batista, Cerro Azul, Brenner e nos bairros Salgado Filho, Itararé e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Calor deve voltar e semana será de tempo seco
Pinguela foi doada

As madeiras da ponte foram doadas por seu Manuel Rodrigues Trindade, 74 anos, que mora na Vila Bela União há 52 anos. Ele é carpinteiro aposentado. A ponte de madeira foi construída no governo de Evandro Behr, 1989-1992.
– Quando foi candidato, o Evandro Behr veio aqui e prometeu para população que faria a ponte. Me disse ainda que no dia que ele assumisse era para eu ir lá na prefeitura cobrar dele. E eu fui lá. No outro dia o secretário de obras já estava aqui na rua – relembra o aposentado.
A exemplo do morador Ademir Alves, Trindade reclama que a tubulação colocada não dá vazão e que quando a água sobe, inunda sua casa. Em entrevista ao Diário, o aposentado também recordou uma queda que sofreu na pinguela. Ele caiu quando estava a cavalo, entretanto não houve maiores danos.